Sintegração
Bom dia!
A aula do dia nove de dezembro provavelmente se destacará na minha memória de AIA devido à proposta interessante para um pessoalmente novo método de discutir (e aprender no meio do caminho) assuntos que, se restritos somente à nossa interpretação, se manteriam infelizmente rasos. O método da Sintegração é composto por grupos geralmente pequenos discutindo temas em salas separadas, mas ao mesmo tempo. Os grupos da primeira rodada são misturados para a segunda, que funciona do mesmo jeito que a anterior, e assim por diante. Outro ponto interessante é o sistema de Debatedor, Crítico e Observador: os papéis que os integrantes do grupo irão interpretar aleatoriamente. Os Debatedores discutem o tema por 25 minutos, os Críticos têm 5 minutos para sintetizar a discussão e os Observadores só assistem. Nas próximas rodadas, os papéis também são misturados, então quem foi Observador em uma pode ser Crítico ou Debatedor na outra, e por aí vai.
Minha primeira rodada foi como Debatedora e o tema era basicamente a relação entre as lógicas finalística, causalística e programática com as novas tecnologias e com as possibilidades de virtualização e potencialização. Esse tema fluiu até que bem com o meu grupo, provavelmente por conhecermos o texto a mais tempo, e me deu uma base boa para as próximas rodadas.
A segunda foi como Debatedora novamente e o tema foi a possibilidade da magia pela experiência e não da mágica pelo truque como recurso para promover a abertura ao outro. Tivemos maior dificuldade de trabalhar esse tema não sei exatamente porquê, mas creio que nos faltava maior entendimento do texto para poder fazer jus à discussão. Por essa dificuldade, me senti um pouco exaurida já de debater duas vezes seguidas e torci para não falar nas próximas, o que aconteceu.
Minha terceira rodada foi como Crítica, sendo o tema a problematização da proposta de obstáculo no contexto de abertura de possibilidades. Esse tema parecia bastante difícil no início, mas logo os debatedores engataram em alguns pontos que haviam entendido e a conversa se estendeu. Foi a rodada mais divertida para mim, pois embora seja estranho não poder falar nada quando alguém pergunta o que você sabe, foi interessante assistir a rota de pensamento dos debatedores. Anotei quase tudo que falaram e creio que consegui elaborar uma boa crítica.
A quarta e última rodada foi como Observadora, com o tema "como passar da experimentação estética com a abstração na tela bidimensional para o não-objeto no espaço tridimensional e, mais além, na direção da interatividade-interativa". Mais um tema difícil de entender e discutir, mas os debatedores tentaram até o fim atender ao tema. Devo assumir que como Observadora consegui absorver menos conteúdo das rodadas se comparada com quando fui Debatedora ou Crítica, pois nelas precisei estar mais atenta para exercer meu papel.
De modo geral, as rodadas de discussão me permitiram refletir mais sobre os textos e ouvir a interpretação dos meus colegas sobre eles, uma experiência muito válida. Senti várias vezes a vontade de retomar algum ponto discutido em uma rodada anterior, de modo que eu servia como uma conexão entre essas rodadas, o que imagino ter ocorrido de modo semelhante com meus colegas.
Atenciosamente,
Karolina.
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